sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Crítica escrita por: Yann de Oliveira .
Precisamos Falar Sobre o Kevin é suspense e drama desde o começo. Em alguns minutos de película você já percebe que algo muito grave vai acontecer.
O filme vira em todos os sentidos ao brincar com o futuro e passado. Em alguns momentos não é notável o que aconteceu e o que vai acontecer, mas tudo se encaixa depois da metade do filme.
Eva (Tilda Swinton) abre o filme em tom impactante, em meio à multidão, guerreando com tomates (somente para demonstrar a cor vermelha, sangue). Tudo deixou claro, até ela mesma disse que era feliz junto com seu marido Franklin (John C.). Mas algo aconteceria no futuro que ela acabaria sendo odiada, maltratada e comentada por todos. O futuro não está tão longe, e quem é o responsável disso tudo é Kevin, seu primeiro filho.
Desde criança, Kevin já apresentava sinais de malcriação. Tudo tinha de ser do jeito dele. Não falava direito, usava fraldas para idades inadequadas e não respeitava. Indo ao médico, descobriram que não há algo de errado com a saúde do menino. Era tudo cinismo da criança. Uma mente obscura desde pequeno.
Tratava bem o pai, mas para a mãe, ele sempre fazia as mesmas caras. Na adolescência, continuava desrespeitando-a. 
O filme mostra o quanto a mente humana pode fazer. O quanto de maldade pode chegar uma pessoa, sem idade mínima. 
Quando na nossa sociedade alguém faz algo terrível, botamos a culpa em algo que aconteceu à ela: trauma, bullying, convivência, incentivo ou qualquer outra coisa. Mas se não houver motivos? A culpa é de quem? Digo-lhes: dela mesma. Da mente dela.
Kevin nunca se deu bem com sua mãe por nenhum motivo aparente, mas dá a entender que o seu objetivo é fazer com que ela sofra.
O que também chama a atenção no filme é a atuação impecável de Tilda Swinton ao interpretar Eva, digna de qualquer prêmio cinematográfico (foi indicada ao Globo de Ouro), além da escolha certeira das pessoas que interpretaram Kevin, desde bebê (Jasper Newell), até sua adolescência (Ezra Miller).
Ao final do filme (talvez a única parte interessante), a única pergunta que fica no ar, sem resposta é: "Porque ele fez isso?". Será que ele mesmo sabe?
História dura e impactante, mas o filme não cumpre o que promete: a frenética.

Trailer:


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