sexta-feira, 18 de abril de 2014
Por: Yann de Oliveira
Escrevo essa crítica em primeira pessoa pois não consigo expressar o que acho do filme como um crítico formal.
Sou muito fã do livro Divergente, que recebeu nota máxima em minha resenha aqui no blog. Se for para comparar o livro com o filme, digo que faltou muita coisa mas não tiro pontos por isso, pois essa crítica é para analisar somente o longa, mas mesmo assim assumo que o filme seria muito melhor se fosse um pouco mais fiel em sentido de brutalidade, ação (no filme tem bastante, mas deveria ter um pouco mais), profundidade e tensão.
O longa se passa em uma Chicago futurista dividida em cinco facções. Cada facção tem seu estilo, modo de vida e suas funções. Ao completar 16 anos todos devem passar por um teste de aptidão para saber qual facção a pessoa pertence, para que no dia da escolha, ela saiba o que fazer, podendo ou não escolher o que deu no resultado do teste. Beatrice (Shailene Woodley) não se encaixa somente em uma facção, tem aptidão à três. Ela é divergente.
Divergentes são raros e ameaçam o sistema por serem incontroláveis, enquanto forem considerados perigosos, serão caçados e mortos. Pelo menos é isso que a vilã Jeanine Matthews (Kate Winslet) mais deseja.
Beatrice vira Tris e escolhe uma facção que é encarregada de proteger a cidade e enfrentar perigos diariamente. A preocupação agora é passar pela iniciação e não virar uma sem-facção, e para isso terá que passar por testes físicos e mentais com o menor número de falhas possíveis, e o pior, demonstrar ser normal como todos os outros.
Em meio à trama, Tris conhece Quatro. Ele é responsável pelo treinamento dos transferidos e não é mistério para ninguém que isso ia acabar em um romance clichê, mas não tão irritante quanto outras adaptações que formam um par chato e atrapalham todo o resto do filme focando em um romance sem nexo. Não. O foco é justamente ver até onde o sistema vai para caçar divergentes.
Todos os fãs amaram o filme como se fosse a melhor adaptação do cinema até hoje. Eu não acho. Faltou suspense. O início do filme foi repleto de cenas importantes, mas apresentadas sem nenhuma cerimônia. Houve vários momentos chatos, que deveriam ser legais, mas o diretor Neil Burger não soube apresentar tais cenas com o envolvimento que merece. O que salvou o filme inteiro foi o final. Surpreendente e bem feito. Houve mudanças em relação ao livro, mas confesso que ficou melhor.
Senti falta de cenas chocantes. As mortes de Em Chamas tiveram um nível de drama um pouco superior. Senti falta também de certas explicações do sistema de facções, o que cada um faz, o que havia antes e outras que não é bom nem pensar.
Atuação geral mediana. Salva-se Shailene e Kate, com um nível superior ao resto do elenco.
Figurino minimalista e cenário pobre. Poderia ser melhor com um pouco mais de tecnologia, mas talvez isso seja proposital devido à guerra que resultou na divisão de facções. Mesmo assim o filme não parece tão futurista.
É mostrado o desenvolver da principal e sua personalidade com calma e simplicidade. Sua reações e emoções foram convincentes e entraram em harmonia com o que ocorria.
Apesar de tudo, o desenvolver do filme foi satisfatório. Fãs de franquias infantojuvenis vão gostar ou até amar o longa, mas quem busca um filme mais adulto terá o risco de sentir-se entediado.


0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
A cópia das críticas, total ou parcial, sem autorização prévia dos donos do blog, é proibida. Tecnologia do Blogger.

Marcadores

Colaboradores

Pesquise

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *